Finalmente o Sol... Como é possível não admirar a firmeza e persistência dos seus braços de luz que atravessam as nuvens mais carregadas dos dias mais cinzentos e, por instantes, quase que sentimos que mesmo as próprias nuvens acolhem e embalam os seus raios com a ternura reservada aos escolhidos.
Eu hoje vi o Sol... senti o seu calor a envolver-me, a sua força de anunciado prenúncio de Primavera a carregar o meu corpo, o seu reflexo luminoso nas ondas da praia...
Mas e a luz? Essa luz para além da escuridão, essa mesma luz que dá vida e cor a todas as coisas, a luz que nos preenche...
Sim... essa luz chegou... para competir com o próprio Sol, para lhe ganhar o espaço conquistado em mim, para invadir tudo o que sou numa explosão de alegria... Sim... tu vieste e contigo trazias os teus olhos mais brilhantes, o teu sorriso mais radioso, a tua voz, o teu corpo... a plenitude. E então, como se de magia se tratasse, o sol transitou do seu Oeste de ocaso natural e veio repousar em ti...
Concedeste-me a tua LUZ e agradeci aos deuses por estar vivo e poder-te contemplar e adorar.